TECNOLOGIA EDUCATIVA

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A tecnologia na aprendizagem e na formação [textos para o ensaio]

Texto I


Tecnologia Educativa e Currículo
Originalmente, em Grego, tecnologia significa arte aplicadatechnikós. O desenvolvimento da tecnologia educativa e sua ligação com o currículo escolar sofreu a influência de diferentes paradigmas, o que começou nos anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial. Nessa época, ela estava identificada aos meios tecnológicos em desenvolvimento. Niskier (1993, p. 40) denomina esta fase da Tecnologia Educativa de pré-científica.

Com os estudos que se desenvolveram sobre a conduta humana, sua análise e como controlá-la, a tecnologia educativa assumiu uma nova dimensão, em que se buscava planejamento de estratégias, uso de meios e controle do sistema de educação.

Três são as áreas que forneceram as bases para a tecnologia educativa: a Psicologia Experimental, o enfoque sistêmico e o desenvolvimento dos meios de comunicação.

Segundo Niskier, que também traça a evolução da tecnologia educacional, antes mesmo dos anos 70, tal visão tecnicista não deixa de ser influenciada pelo behaviorismo, que esperava, através do estímulo correto dado ao aluno, colher o resultado esperado.
A tecnologia educacional resumia-se inicialmente na utilização de meios e recursos tecnológicos audiovisuais nas atividades de instrução e treinamento. Essa utilização recorria a princípios decorrentes dos estudos experimentais sobre o comportamento humano e sobre os mecanismos capazes de condicioná-los. Delineava-se assim a teoria da eficiência ou uma tendência à eficientização, baseadas uma e outra mais em uma análise realista do comportamento humano do que em princípios filosóficos. (NISKIER, 1993: p.22)
A instrução programada nasceu nessa época, e no Brasil ela foi considerada uma pan-acéia para os problemas educacionais do País. Ela levaria o aluno a fornecer somente a resposta que era esperada, mediante estímulo adequado. Skinner e suas máquinas de ensinar tinham como base justamente os estudos realizados na área da análise experimental do comportamento humano. Os meios de comunicação eram usados como auxiliares à instrução, com a especificação de objetivos instrucionais. Entretanto, os meios passaram a ser o fim do processo educativo, e muitas críticas a este sistema começaram a surgir. O foco da tecnologia educativa resumia-se a “o que ensinar” e a “como ensinar”. E nenhuma importância era dada ao “por que educar” e “para que educar”. O utilitarismo estava em voga, mas tal concepção ainda hoje ressoa em muitas propostas relativas à implementação da introdução da tecnologia educativa.

A instrução programada não considerou, portanto, que a comunicação humana é um processo diferente da que ocorre com outros animais, tendo variáveis que dizem respeito às diferenças individuais, ao contexto sócio-cultural, às características psicológicas de cada indivíduo.

A partir de 1970 é que a tecnologia educacional ganha um enfoque sistêmico. Num contexto em que a educação se viu impelida a mudar em virtude do surgimento de uma civilização visual e auditiva, emergiu um enfoque global da educação no desenvolvimento curricular.

Os princípios básicos do enfoque sistêmico são, segundo menciona Niskier, 1993, p. 31: 

  • Determinação do objetivo final;
  • Preparação de testes sobre objetivos;
  • Identificação das habilidades de entrada ou critérios de entrada;
  • Objetivos específicos;
  • Preparação de instrumentos de avaliação;
  • Sequência;
  • Desenvolvimento de materiais;
  • Avaliação formativa e somativa;
  • Implementação;
  • Retroalimentação.
As tendências atuais no campo da Tecnologia Educativa (TE), incluem várias visões que se complementam. Entretanto, observa-se uma vertente mais baseada na perspectiva cognitivista, em abandono às diretrizes behavioristas. As causas dos processos é que passam a ter importância, e não os modos como se utilizam as tecnologias da comunicação. Assim a tecnologia educativa não mais se indaga: Como se pode utilizar a televisão educativa para massificar a educação? Mas: Quais são os aspectos da mesma que mais se sobressaem e como se pode integrá-los num programa sistemático de desenvolvimento educativo?

Há uma identificação crescente entre tecnologia educativa e didática. O objetivo desse encontro é a otimização dos processos comunicativos existentes no trabalho didático, na medida em que a tecnologia educativa almeja humanizar a educação e não o contrário – desumanizá-la pelo uso das tecnologias. 

Trataremos, a seguir, dos aspectos relacionados especificamente à educação visual (focalizando a televisão e o vídeo) que devem ser considerados quando integrados ao currículo escolar.
Embora se pudesse abordar, aqui, a formação especializada de profissionais destinados a atuar nos vários segmentos da indústria audiovisual, este não é o nosso objetivo. O que diz respeito ao nosso objeto de estudo é tratar da formação que, em relação à cultura audiovisual, deveriam receber todos os cidadãos durante os anos do ensino obrigatório.
Por sua vez, a televisão e o vídeo, atuando em benefício da educação, podem ser considerados de duas formas (não distintas, mas complementares): como objeto de estudo e como recurso para potencializar o processo de aprendizagem do aluno.
Uma vez que esses meios têm grande participação na vida de estudantes e de professores, pois que são bons espectadores em seus lares, as informações veiculadas, seu processo de produção e suas ideologias valem ser estudados.
Como recursos para a aprendizagem, devem ser considerados como meio para potencializá-la, tornando-a significativa para o aluno.
A expressão verbal literária não é um recurso instrumental mais básico do que a expressão audiovisual, na sociedade contemporânea. Embora a escola dedique grandes esforços ao aperfeiçoamento daquela expressão, lê-se muito pouco no Ocidente. Por outro lado, consomem-se muitos produtos da indústria audiovisual. Não se trata de agravar as diferenças ou de esboçar uma primazia de um modo de expressão em relação ao outro, mas de tornar clara a contradição da postura adotada pela escola.
Uma das causas para tal distanciamento entre a escola e educação audiovisual é a alta tradição literária em que se formaram tanto os responsáveis pelo desenvolvimento dos planos curriculares quanto os professores de uma forma geral. Não há, em conseqüência, formação adequada e até sensibilidade para se tratar dos temas relativos à implementação de uma educação audiovisual mais condizente com as necessidades dos currículos escolares atuais.
Deste modo, para que se seja capaz de preparar o aluno para viver no universo das imagens, na iconosfera, e também para formular planos curriculares sensíveis à realidade desse universo particular, torna-se necessário investir na formação dos profissionais engajados nessas práticas. Mas não basta o contato com as tecnologias existentes, conhecer as técnicas de sua utilização. O mais importante é fazer uma utilização crítica desses aparatos e de suas linguagens, para que se enriqueçam as práticas pedagógicas.
A não observância dessa necessidade de formação profissional perpetua um preconceito com conseqüências graves: ao se considerar a imagem como neutra, para a qual não se necessita preparação, corre-se o risco de ficar cada vez mais alienado e à mercê das mensagens veiculadas pelos meios de comunicação de massa.
Também, há que se considerar a responsabilidade dos profissionais dedicados à preparação do audiovisual educativo, e não somente a da escola, nesta situação. Se não há uma correta integração do material audiovisual aos processos educacionais, é também porque eles são mal desenvolvidos, na medida em que não se libertam das formas de expressão verbal.
TICs
Outro aspecto importante a se considerar é a inserção das tecnologias da informação e da comunicação (TICs) no ambiente escolar. Quais são as implicações dessa nova realidade? É uma época de desafios, sobretudo para os educadores que devem se mostrar capazes de fazer a integração de conteúdos de diferentes áreas do saber, com suporte pedagógico das mídias. Para tanto, será preciso, também, estarem cientes das especificidades e potencialidades de cada meio.
Os projetos são potencializadores da interdisciplinaridade, partindo do conhecimento disciplinar. Acima de tudo, eles são uma modalidade, uma estratégia de ação, dentre tantas outras. Importa é escolher a modalidade que melhor se aplica a uma necessidade educacional.
A participação em projetos requer abertura e também flexibilidade, pois vários ajustes são necessários ao longo da empreitada. A primeira mudança de paradigma é justamente possibilitar que os alunos desenvolvam seus próprios projetos, a partir de suas necessidades e interesses. Ter a oportunidade de reconhecer a própria autoria, seja ela individual ou coletiva, é a chave da motivação desse processo. Certamente, o aluno não estará sozinho, ele construirá o conhecimento de forma colaborativa, com a mediação do professor.

Processo de producao de audio visuais
Os projetos oferecem espaço para diferentes formas de expressão e fomentam a criação de uma postura reflexiva e investigativa por parte do aluno. Como seu coroamento, não há um ponto final, mas sim a abertura para que novos projetos se realizem.

Hoje em dia, a despeito das dificuldades ainda enfrentadas na realidade brasileira, os equipamentos de filmagem estão ficando mais acessíveis do que no passado e os processos de produção e de edição estão mais facilitados.

Com o estímulo à prática de criação, os alunos não só aprenderão a linguagem própria da televisão, mas ultrapassarão a estética massificada dos produtos da indústria cultural. Enfim, ao criar novos paradigmas, os interagentes desse processo estarão recriando novas formas de expressão, ultrapassando o mero manejo da tecnologia.
Agora, vejamos um vídeo produzido para o projeto TV Escola, em que este tema é abordado.
Para fazer
- O que você achou do vídeo? Você identificou algum ponto que faz parte de sua realidade? Também, relate experiências relacionadas à pedagogia de projetos das quais você fez parte ou sobre as quais você está informado. Quais eram esses projetos? Como se desenvolveram e quais os resultados alcançados? Houve integração de mídias? Para facilitar, visite a página http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pep_l.php?t=001

Fórum 1:comente no fórum: O que você achou do vídeo? o que você achou mais interessante.

Leitura e Fórum 2: Leia o texto “O que é um Projeto Interdisciplinar?”, de Eduardo Chaves, disponível em:
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/
educacao/0026.html
e compartilhe com seus colegas no fórum "projeto interdisciplinar" os pontos que você considera relevantes para o desenvolvimento de projetos pedagógicos interdisciplinares.

Fórum 3 : Façamos, agora, outra pesquisa, desta vez sobre o tema “interdisciplinaridade”. Visite o link:
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/itd_l.php?t=001 e pesquise livremente sobre o tema. Você poderá, também encontrar outras fontes e indicá-las a seus colegas. Relate no fórum “interdisciplinaridade” suas conclusões sobre o que seja a interdisciplinaridade.

Para o nosso estudo nesta etapa e desenvolvimento das atividades propostas, serão de grande valia os conhecimentos adquiridos nos módulos anteriores. A escrita de roteiros, especificamente, é algo de que muito se necessitará agora.

Caso sinta alguma insegurança em relação a algum ponto abordado, releia o que for necessário e interaja. Para isso, utilize as ferramentas de comunicação presentes no curso (e-mail e fórum) para postar seus questionamentos, afinal, você não está sozinho por aqui.

Agora, abordaremos especificamente a prática de projetos educacionais, tomando-a como a prática investigativa sobre um determinado tópico de interesse dos alunos, explorando diferentes ângulos e interando diferentes áreas do conhecimento.

Como já foi falado anteriormente, é um exercício muito motivador para o aluno a criação de seu próprio vídeo. Este é um trabalho que terá como resultado um produto informativo, divertido e significativo. Ao se trabalhar com temas, cria-se a possibilidade de interdisciplinaridade, de construção conjunta de um conhecimento contextualizado. Conceitos são criados, recriados ou aprofundados. A produção de vídeos harmoniza-se perfeitamente com tal proposta.

Estejamos atentos, agora, a mais um vídeo produzido pela TV Escola onde a professora Lucilene Gomes Maia comenta sua experiência ao fazer vídeos com os alunos de Nova Iguaçu-RJ.
Fonte: http://midiasnaeducacao-joanirse.blogspot.com/2009/08/tecnologia-educativa-e-curriculo.html

Texto II
 
Tecnologia educacional
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
As Tecnologias educacionais são utilizadas desde o princípio da educação sistematizada. Ainda hoje se usa a tecnologia do giz e da lousa, que antigamente eram feitas de pedra - ardósia; usa-se a tecnologia do livros didáticos e, atualmente, os diversos estados mundiais debruçam-se sobre quais seriam os currículos escolares mais adequados para o tipo de sociedade pretendida. No mundo ocidental, um dos grandes desafios é adaptar a educação às novas tecnologias- TICs tais como os meios de comunicação atuais como a internet, a televisão, o rádio, os softwares que funcionam como meios educativos formais ou informais.
Índice
Primórdios
Nas décadas de 1950 e 1960, a tecnologia educacional apresentava-se como um meio gerador de aprendizagem, para resolver problemas educacionais dentro de uma concepção tecnicista de educação. Na década de 70 , passou a fazer parte do ensino como processo tecnológico. Em 1971, foi realizado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)um seminário sobre o uso de computadores, em 1973 a Universidade federal do Rio de Janeiro (UFRJ) usou software de simulação no ensino de química e, assim, muitos outros começaram as experiências.Portanto, existiam no início dos anos 80 diversas iniciativa sobre o uso da informática na educação do Brasil. Esses esforços resultaram no interesse do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) na disseminação da informática na sociedade, despertaram o interesse do governo e de pesquisadores das Universidades na adoção de programas educacionais baseados no uso da informática. Em meados de 90, caracterizou-se pela busca de novas concepções sobre o uso das tecnologias no campo educacional.
A tecnologia educacional é a área de conhecimento onde a tecnologia se submete aos objetivos educacionais. Ela procura auxiliar o processo ensino e aprendizagem de modo a propiciar formas adequadas de utilizar os recursos tecnológicos na educação, preocupando-se com as técnicas e sua adequação às necessidades e à realidade dos educandos, da escola, do professor, da cultura em que a educação está inserida.
Contínuas transformações tecnológicas em todo o mundo vem influenciando as relações sociais. Neste contexto a Escola, ambiente onde se constrói a educação formal e, portanto, um ambiente por natureza social, começa a refletir sobre a influência das Novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem. Nestes termos, como resultado do avanço das pesquisas em microeletrônica, no início do século XXI as tecnologias começam a ser vistas e usadas numa outra perspectiva no processo educativo. A escola começa a se apropriar do uso técnico dos recursos tecnológicos para em seguida repensar as formas e metodologias adequadas a cada contexto social.Neste tempo as Tecnologias educacionais deixam de ser encaradas como meras ferramentas que tornam mais eficientes e eficazes já sedimentados, passando a ser consideradas como elementos estruturantes de um outro modo de pensar a educação, mediada pela Tecnologia e esta submetida aos objetivos pedagógicos, com o objetivo de expressar a diversidade cultura e à realidade em que cada escola se insere, a diferentes metodologias usando recursos tecnológicos. Nesse sentido, a TV, o vídeo, o Rádio_(comunicação), a Internet, o material impresso possibilitam articularem-se novas linguagens e novas forma de apropriação do conhecimento na escola. É crescente o número de escolas e centros de educação que estão usando ferramentas on-line e colaborativas para aprendizado e busca de informações. As principais ferramentas usadas e conhecidas são agregação e distribuição de conteúdo (RSS, ATOM), Ambientes de aprendizagem como Weblogs (BLOGs), WebQuests e Wikis e objetos educacionais.
Todas as ferramentas podem ser utilizadas como instrumentos educacionais. No entanto,faz-se necessário avaliar sua aplicação de modo a promover a aprendizagem significativa, crítica e reflexiva.
Historicamente o uso das tecnologias na educação apoiou-se em 3 eixos sociais; a comunicação, a psicologia da aprendizagem e a teoria sistêmica. Podemos dizer que a didática (construir, ampliar e revisar o processo) foi deixada de lado. Já a ciência e a técnica, se separaram, provocando algumas arbitrariedades em suas relações.
Citação
É uma maneira sistemática de elaborar, levar a cabo e avaliar o processo de aprendizagem em termos de objetivos específicos, baseados na investigação da aprendizagem e da comunicação humana, empregando uma combinação de recursos e materiais para conseguir uma aprendizagem mais efetiva.
De Pablos Pons, 1994, p.42
Referências
Algumas revistas especializadas no assunto:
  • Revista Brasileira de Informática na Educação
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_educacional


 Texto III
 
Tecnologia da informação
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Tecnologia da Informação (TI) pode ser definida como um conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação. Na verdade, as aplicações para TI são tantas - estão ligadas às mais diversas áreas - que existem várias definições e nenhuma consegue determiná-la por completo.
Índice
O termo
A TI é uma grande força em áreas como finanças, planejamento de transportes, design, produção de bens, assim como na imprensa, nas atividades editoriais, no rádio e na televisão. O desenvolvimento cada vez mais rápido de novas tecnologias de informação modificou as bibliotecas e os centros de documentação (principais locais de armazenamento de informação), introduzindo novas formas de organização e acesso aos dados e obras armazenadas; reduziu custos e acelerou a produção dos jornais e possibilitou a formação instantânea de redes televisivas de âmbito mundial.
Além disso, tal desenvolvimento facilitou e intensificou a comunicação pessoal e institucional, através de programas de processamento de texto, de formação de bancos de dados, de editoração eletrônica, bem como de tecnologias que permitem a transmissão de documentos, envio de mensagens e arquivos, assim como consultas a computadores remotos (via rede mundiais de computadores, como a internet). A difusão das novas tecnologias de informação trouxe também impasse e problemas, relativos principalmente à privacidade dos indivíduos e ao seu direito à informação, pois os cidadãos geralmente não têm acesso a grande quantidade de informação sobre eles, coletadas por instituições particulares ou públicas.
As tecnologias da informação não incluem somente componentes de máquina. Existem tecnologias intelectuais usadas para lidar com o ciclo da informação, como técnicas de classificação, por exemplo, que não requerem uso de máquinas apenas em um esquema. Esse esquema pode, também, ser incluído em um software que será usado, mas isso não elimina o fato de que a técnica já existia independentemente do software. As tecnologias de classificação e organização de informações existem desde que as bibliotecas começaram a ser formadas. Qualquer livro sobre organização de bibliotecas traz essas tecnologias.
Os maiores desenvolvedores mundiais desse tipo de tecnologia são Suécia, Cingapura, Dinamarca, Suíça e Estados Unidos, segundo o Relatório Global de Tecnologia da Informação 2009-2010 do Fórum Econômico Mundial. O Brasil é o 61º nesse ranking[1].

Tecnologias de Informação (TI) nas organizações
Impactos dos Sistemas de Informação (SI) / Tecnologias de Informação (TI) nas organizações
A introdução de SI/TI numa organização irá provocar um conjunto de alterações, nomeadamente em nível das relações da organização com o meio envolvente (analisadas em termos de eficácia) e em nível de impactos internos na organização (analisados através da eficiência).
As TI são um recurso valioso[2] e provocam repercussões em todos os níveis da estrutura organizacional:
  1. no nível estratégico, quando uma ação é suscetível de aumentar a coerência entre a organização e o meio envolvente, que por sua vez se traduz num aumento de eficácia em termos de cumprimento da missão organizacional;
  2. nos níveis operacional e administrativo, quando existem efeitos endógenos, traduzidos em aumento da eficiência organizacional em termos de opções estratégicas. No entanto, ao ser feita essa distinção, não significa que ela seja estanque, independente, pois existem impactos simultâneos nos vários níveis: estratégico, operacional e tático.
Assim, temos que os SI permitem às organizações a oferta de produtos a preços mais baixos, que, aliados a um bom serviço e à boa relação com os clientes, resultam numa vantagem competitiva adicional, através de elementos de valor acrescentado cujo efeito será a fidelidade dos clientes.
A utilização de SI pode provocar, também, alterações nas condições competitivas de determinado mercado, em termos de alteração do equilíbrio dentro do setor de atividade, dissuasão e criação de barreiras à entrada de novos concorrentes. Os SI/TI permitem, ainda, desenvolver novos produtos/serviços aos clientes ou diferenciar os já existentes dos da concorrência e que atraem o cliente de forma preferencial em relação à concorrência.
A utilização de alta tecnologia vai permitir uma relação mais estreita e permanente entre empresa e fornecedores, na medida em que qualquer pedido/sugestão da parte da empresa é passível de ser atendido/testado pelos fornecedores. A tecnologia permitiu uma modificação na maneira de pensar e de agir dos produtores e consumidores.
As Tecnologias de Informação têm reconhecidamente impactos no nível interno das organizações: na estrutura orgânica e no papel de enquadramento/coordenação na organização; em nível psicossociológico e das relações pessoais; no subsistema de objetivos e valores das pessoas que trabalham nas organizações; bem como no subsistema tecnológico.
Os maiores benefícios aparecem quando as estratégias organizacionais, as estruturas e os processos são alterados conjuntamente com os investimentos em TI. As TI’s permitem, assim, ultrapassar todo um conjunto de barreiras na medida em que existe uma nova maneira de pensar, pois em tempo real é possível às empresas agir e reagir rapidamente aos clientes, mercados e concorrência.
Tecnologia da Informação e seu impacto na segurança empresarial
A Tecnologia da Informação segue em avanço constante, mas ao mesmo tempo sua gestão no quesito segurança[3] não acompanha o mesmo ritmo das políticas de segurança e não está ainda em um patamar que pode ser considerado eficiente. Com tantos recursos disponíveis e possibilidades quase ilimitadas, os gestores esquecem que agora sua empresa possui mais uma porta para o mundo, porta esta que, se aberta, pode dar a um individuo valiosas informações sobre sua organização.
Temos então um caso em que a tecnologia da informação se torna um risco devido a problemas de gerenciamento, é importante ressaltar os problemas que a tecnologia traz para as empresas além de seus benefícios, pois segurança também gera custos e, quando lidamos com alta tecnologia, os investimentos nunca são pequenos nessa área.
Referências
  1. Brasil cai duas posições em ranking mundial - Folha de S.Paulo, 26 de março de 2010 (visitado em 26-3-2010)
  2. BSIDEIAS
  3. Rdc Tech, Segurança nas Tecnologias de TI
 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_da_informa%C3%A7%C3%A3o

Texto IV
 
A Educação Frente às Novas Tecnologias: Perspectivas e Desafios
Autor: Márcio Balbino Cavalcante
Estamos diante de um novo século, com uma nova sociedade, a sociedade da informação, com novo formato de receber e transmitir informação, e de uma busca interminável de conhecimento. As pessoas hoje em dia, têm acesso ao mundo e as suas tradições culturais, com muita mais eficácia e rapidez que ontem. Com a explosão da computação e, conseqüentemente da internet, passou-se a considerar que disponibilizar informação em uma página da Internet seria um processo educativo contínuo e a formação da língua escrita dessa pessoa, estaria sendo realmente transmitida, de forma correta. Será mesmo? E qual seriam realmente as vantagens e desvantagens dessa interferência digital em nossos dias? As recordações da Educação nos dizem que, educar não é adestrar, nem governar informações para um indivíduo e sim servir como mediador desse processo.
Este artigo de cunho teórico pretende apresentar alguns indicativos e idéias que possam orientar a otimização dessa apropriação por estudantes de educação do nível Básico e superior de uma forma geral. Essa nova, denominada Sociedade do Conhecimento, não pode exonerar a educação formal que se sistematiza na instituição escolar, ainda que, crianças, adolescentes, jovens e adultos, sejam bombardeadas por informações diariamente com uma velocidade cada vez maior pelos mais diferentes meios de comunicação, como a televisão, os rádios, internet. Relata Moacir Gadotti (2002), pelo avanço das novas linguagens tecnologias, precisam ser selecionadas, avaliadas, compiladas e processadas para que se transformem em conhecimento válido, relevante e necessário para o crescimento do homem como ser humano em um mundo alto sustentável. Segundo Pierre Lévy (2000), as tecnologias intelectuais, assim chamadas por não serem simples instrumentos, mas por influírem no processo cognitivo do indivíduo, vão ser os parâmetros utilizados nessa busca de compreensão da estrutura caótica social. Essas tecnologias sempre estiveram presentes na sociedade e, de certa forma, influenciam na percepção e conceitualização do mundo. É notório dizer que, a presença das novas tecnologias nas mais diversas esferas da sociedade contemporânea, é imprescindível, orientar os docentes para uso das novas tecnologias de comunicação e de informação, como tecnologias interativas em projetos políticos pedagógicos, tanto no seu desenvolvimento contínuo, quanto na sua prática em sala de aula, se faz imprescindível. Essa urgência se deve, não apenas, no sentido de preparar as pessoas para usufruí-las, mas especialmente, para prepará-los como leitores críticos e escritores conscientes das mídias que servem de suporte a essas novas tecnologias de informação. Não basta ao cidadão, hoje, só aprender a ler e escrever textos na linguagem verbal. É necessário que ele aprenda a ler e as diversas linguagens, e as suas representações que são usadas nas mais diversas áreas da revolução tecnológicas decodificadas como o computador, os programas multimídias de computação, as Nets redes (sistemas http// e www), os códigos de barras, etc.




Conceituando as tecnologias digitais de informação e de comunicação
O que entende-se por novas tecnologias digitais? Entendemos por novas tecnologias digitais a aplicação de um conhecimento científico ou técnico, de um “saber como fazer”, de métodos e materiais para a solução de uma dada dificuldade, este texto tratará das Tecnologias de Comunicação e das Tecnologias de Informação como intermediadores do processo de ensino e aprendizagem e como tecnologias mútuas. A Tecnologia de Comunicação designa toda forma de veicular informação. Têm-se como ambiente de veiculação, incluindo desde as mídias mais tradicionais, como os livros, o fax, o telefone, os jornais, o correio, as revistas, o rádio, os vídeos, até as mídias modernas como a informática e a Internet. A segunda é a Tecnologia de Informação designa toda forma de determinar, gravar, armazenar, processar e reproduzir as informações. Como exemplos de suportes de armazenamento de informações são: o papel, os arquivos, os catálogo, os HD’s dos computadores, os CD’s, DVD’s ou agora, os PEN DRIVES, os MP3, MP4, etc. Dispositivos que permitem o seu processamento, são os computadores e os robôs, e exemplos de aparelhos que possibilitam a sua reprodução são a máquina de fotocopiar, o retroprojetor, o projetor de slides (data show). As novas tecnologias de informação e de comunicação, usadas na comunicação social, estão cada vez mais interativas, pois permitem a troca de dados dos seus usuários com recursos que lhes permitem alternativas e aberturas das mais diferentes, os programas de multimídia, como o vídeo interativo, a Internet e o Telecongresso. São essas novas tecnologia que permitem a preparação e manipulação contígua de teores específicos por parte do professor/aluno (emissor) e do aluno/professor (receptor), codificando-os, decodificando-os, recodificando-os conforme as suas realidades, as suas histórias de vida e a tradições em que vivem; permitindo um entendimento mais eficaz, alternando os papéis de emissor e receptor, como co-protagonistas e contribuintes da ação cognitiva. Nos dias de hoje, os diferentes usos dessas mídias (tecnologias) se confundem e passam a ser característicos das Tecnologias de Informação e de Comunicação, que mudam os padrões de trabalho, do lazer, da educação, do tempo, da saúde e da indústria e criam, assim, uma nova sociedade, novas atmosferas de trabalho, novos ambientes de aprendizagem. Criando-se um novo tipo de aluno que necessita de um novo tipo de professor. Um professor ligado e compromissado com o que esta acontecendo ao seu redor. Tecnologias colaborativas são as que consentem à otimização do trabalho em equipe. Explicitando, as novas tecnologias de informação e de comunicação podem ser utilizadas para se alcançar objetivos individuais isoladamente. Assim, quando um professor pesquisa certo assunto, em bases de dados da Internet e, ao descobrir documentos importantes, guarda-os para seu uso particular em sua biblioteca virtual individual (CD-Rom, disquetes ou no disco rígido do seu computador), os seus objetivos individuais não estão sendo admirados. Se, por outro lado, comunica a existência desses textos a outros professores que estão trabalhando com ele (de forma interdisciplinar) em um projeto comum, propondo uma discussão conjunta através dos serviços da própria Internet (e-mail, teleconferência), essa tecnologia se reveste de uma característica que otimiza a colaboração, daí ser então denominada de tecnologia colaborativa.




Lecionar e Aprender na era tecnológica
Trabalhar com as tecnologias (novas ou não) de forma interativa nas salas de aula requer: a responsabilidade de aperfeiçoar as compreensões de alunos sobre o mundo natural e cultural em que vivem. Faz-se, indispensável o desenvolvimento contínuo de intercâmbios cumulativos desses alunos com dados e informações sobre o mundo e a história de sua natureza, de sua cultura, posicionando-se e expressando-se, de modo significativo, com os elementos observados, elaborados que serão melhor avaliados. Ao se trabalhar, adequadamente, com essas novas tecnologias, Kenski constata-se que:

“a aprendizagem pode se dar com o envolvimento integral do indivíduo, isto é, do emocional, do racional, do seu imaginário, do intuitivo, do sensorial em interação, a partir de desafios, da exploração de possibilidades, do assumir de responsabilidades, do criar e do refletir juntos.” (KENSKI,1996).
Esta é a parte visível da introdução de novas tecnologias na educação. A estrutura das salas de aula deverá mudar como já mudaram em algumas instituições de ensino no Brasil e estão mudando em muitas regiões do mundo. A implantação (mudança) se inicia e continua com a criação de certa infra-estrutura tecnológica e de um programa de utilização em que os professores sejam treinados operacionalmente, capacitados metodologicamente e filosoficamente para a utilização dessas novas tecnologias na sua prática pedagógica.
O papel dos professores tem que mudar também, e os cursos superiores precisam preparar esses novos docentes para não perderem o controle das tecnologias digitais que são requeridas ou se dispõem a usar em suas salas de aulas. Os professores precisam aprender a manusear as novas tecnologias e ajudar os alunos a, e eles também, aprenderem como manipulá-las e não se permitirem serem manipulados por elas. Mas para tanto, precisam usá-las para educar, saber de sua existência, aproximar-se das mesmas, familiarizar-se com elas, apoderar-se de suas potencialidades, e dominar sua eficiência e seu uso, criando novos saberes e novos usos, para poderem estar, no domínio das mesmas e poderem orientar seus alunos a “lerem” e “escreverem” com elas. Os professores não devem substituir as “velhas tecnologias” pelas “novas tecnologias”, devem, antes de tudo, se adequar das novas para aquilo que elas são únicas e resgatar os usos das velhas em organização com as novas, isto é, usar cada uma naquilo que ela tem de peculiar e, portanto, melhor do que a outra. O uso e influência das novas tecnologias devem servir ao docente não só em relação à sua atividade de ensino, mas também na sua atividade de pesquisa continuada. E a pesquisa com as novas tecnologias tem características diferentes que estão diretamente ligadas à procura da constante informação.
Os docentes devem construir e trabalhar em conjunto com seus alunos não só para ajudá-los a aumentar capacidade, métodos, táticas para coletar e selecionar elementos, mas, especialmente, para ajudá-los a desenvolverem conceitos. Considerações que serão o alicerce para a edificação de seus novos conhecimentos. Como descrever Gadotti, o professor “deixará de ser um lecionador para ser um organizador do conhecimento e da aprendizagem (...) um mediador do conhecimento, um aprendiz permanente, um construtor de sentidos, um cooperador, e sobretudo, um organizador de aprendizagem” (Gadotti, 2002). Para finalizar estas idéias, não podemos deixar de destacar a importância de se repensar os métodos docente a partir de uma maior valorização da metodologia de interação e colaboração mutua que devem estar presentes proporcionalmente na educação à distância quanto na educação presencial, escolha metodológica tão discutida hoje em dia e que vem sendo exercitada por profissionais das áreas mais variadas da educação. É muito inquietante como os professores estão se afastando dessas práticas alternativas, apresentando, com isso, muita oposição e resistência.
A educação precisa repensar seus métodos curriculares e preparar seus docentes tanto para se apropriarem das novas tecnologias de informação e comunicação quanto para a prática da educação a distância que se vê viabilizada. Os Cursos de Educação à Distancia são exemplos desta iniciativa. Também o Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação à Distância - SEED, estão apoiando com seus vários “sistemas de formação de professores” que envolve o ensino a distância por seus diversos programas por essas novas tecnologias digitais, tais como o Pró-infantil, Pró-formação, Pró-licenciatura, Pró-letramento, Atendimento Educacional Especializado e tantos outros.
Considerações Preliminares
Os professores precisam sempre estar reciclando seus conhecimentos e só depois eles poderão ter a competência para escolher se querem ou não usá-las, se quer ou não praticá-las na educação a distância ou não. O que não é mais aceitável é que se faça resistência a umas e/ou a outra tecnologia, seja ela, de comunicação ou de informação, por insegurança ou falta de proficiência. Portanto, os professores, educadores e docentes de ensino superior, precisam estar profissionalmente qualificados e, hoje, não se pode falar em qualificação sem assimilação das novas tecnologias. Ao usar essas novas tecnologias, é fundamental que ele não se deixe usar por elas. É primordial que os professores se ajustem, deste modo, às diferentes tecnologias de informação e de comunicação.

Por fim, considero que, os processos de construção de conhecimento sobre a forma de aprendizagem de alunos e professores são fenômenos que necessitam ser mais estudados por ambos, mais, principalmente pelos professores que devem estar em uma constante busca de conhecimentos, de novas tecnologias. Pois, seus novos alunos já estão vindo, muita das vezes, com uma bagagem de conhecimento bem maior à que a dele.
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Maria Elizabeth de. Informática e formação de professores. Brasília: Ministério da Educação, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação e Secretaria de Educação a Distância – SEED. Informações e Comunicações: Tecnologias a serviço da educação e da inclusão. Brasília: SEED, 2004.
GADOTTI, Moacir. A boniteza de um sonho: aprender e ensinar com sentido. Abceducatio, Ano III, n. 17, p. 30-33, 2002.
KENSKI, Vani Moreira. O Ensino e os recursos didáticos em uma sociedade cheia de tecnologias. In VEIGA, Ilma P. Alencastro (org). Didática: o Ensino e suas relações. Campinas, SP: Papirus, 1996.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2000.
MACHADO, Nilson José. Epistemologia e Didática: As concepções de conhecimento e inteligência e a prática docente. São Paulo: Cortez, 1996.
MORIN, Edgar. A religação dos saberes: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
SILVA, Tomaz Tadeu da e et all. Antropologia do Ciborgue - as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
Márcio Balbino Cavalcante - Professor e Consultor na área de Educação e de Meio Ambiente. É graduado em Geografia - UEPB; Pós-graduado em Ciências Ambientais - FIP/PB; Coordenador de Projetos Educacionais da Secretaria Municipal de Educação do município de Passa e Fica - RN. Professor de Geografia e Ciências na Escola Estadual Sen. João Câmara, Passa e Fica - RN


 Texto V
RECURSOS TECNOLÓGICOS COMO ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM NO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA¹

FINGER, Johanna Emile²
SILVEIRA, Jonathan dos Santos da²
PINHEIRO, Soraia Gracelides²


RESUMO
O presente artigo aborda fundamentos e a importância da utilização de alguns Recursos Tecnológicos como estratégia metodológica no ensino de Ciências e Biologia. Tem como objetivo apresentar a importância da inserção de recursos áudios-visuais no meio escolar auxiliando na construção do conhecimento intelectual do aluno. A pesquisa foi realizada com base na observação e intervenção nas turmas de 5ª e 8ª séries no Colégio de Aplicação UNIVALI, no município de Itajaí/SC. Nas intervenções foram utilizados de forma intensiva recursos áudios-visuais como estratégia de ensino, em que os alunos puderam vivenciar problemáticas ligadas ao seu cotidiano em uma visão integradora.  A capacitação tecnológica como base na formação do professor e o seu interesse no planejamento das aulas utilizando estes recursos, é essencial para que o processo de ensino-aprendizagem se torne significativo para alunos e professores.


Palavras-chave: Tecnologia, Ciências Biológicas, Metodologia, Estratégia de Ensino.







_______________________________________________________________
[1] Artigo apresentado como requisito para a disciplina Estágio Supervisionado: Pesquisa da Prática Pedagógica – 5º Período, do Núcleo das Licenciaturas da Universidade do Vale do Itajaí, sob a orientação da Profa Dra Yára Christina Cesário Pereira, 2008.1.
2 Acadêmicos do Curso de Ciências Biológicas - Licenciatura.


1. INTRODUÇÃO


            A educação constitui a base de toda a formação e organização humana. Os instrumentos usados durante todo este processo são de extrema importância para construção e reprodução de visão de mundo, para formação de cidadãos efetivamente participativos e estimulados. Partindo-se deste ponto é visível a necessidade de adequações didáticas de ensino/aprendizagem que alcancem a tais expectativas, criando condições que permitam interconexões com o processo educacional e a evolução de recursos tecnológicos como meios para alcançar uma aprendizagem diferenciada e significativa.
            A partir da visão de mundo globalizado e comunicativo, ocorreram mudanças constantes na história da didática educativa, onde a mesma passou a necessitar de recursos que auxiliassem como ferramenta de estímulo no e do processo educacional passando a ser um diferencial no desenvolver das aulas e atividades curriculares.
Para D´AMBRÓSIO, (2001),

“é preciso substituir os processos de ensino que priorizam a exposição, que levam a um receber passivo do conteúdo, através de processos que não estimulem os alunos à participação. É preciso que eles deixem de ver a ’ciência’ como um produto acabado,cuja transmissão de conteúdos é vista como um conjunto estático de conhecimentos e técnicas.”

No entanto, o conteúdo aplicado pelo professor na maioria das vezes acontece de forma pouco refletida seja quanto aos conteúdos, métodos de ensino e avaliação; gerando desinteresse dos alunos pela matéria e dúvidas em relação ao conteúdo escolar. Nesse contexto, os processos educacionais utilizados nas escolas não satisfazem mais às condições de aprendizagem da sociedade, caracterizadas pela necessidade de rapidez e independência na busca de informações e construção do conhecimento oriundas das  transformações sócioculturais e tecnológicas a que está submetido o ser humano contemporâneo.
A aplicação das tecnologias em diversas atividades humanas, levou à criação de cursos de informática com o objetivo de formar profissionais na área tecnológica. Duas linhas de raciocínio foram criadas para a Informática na Educação. Para ALMEIDA, (2000, p.23),

“a primeira grande linha conceitual sobre o uso da Informática na Educação teve início com o próprio ensino de informática e de computação. Posteriormente surgiu uma segunda grande linha, com o objetivo de desenvolver o ensino de diferentes áreas do conhecimento por meio dos computadores – isto é, o ensino pela informática. Nessa linha, os computadores são empregados em diferentes níveis e modalidades, assumindo funções definidas segundo a tendência educacional adotada”.


Pode-se observar que a introdução de tecnologias no ambiente escolar, surge posteriormente à introdução nos cursos direcionados à formação de profissionais na área. Segundo a autora, é essencial preparar profissionais e torná-los capacitados para a prática de ensino. Além disso, o professor deve firmar objetivos claros ao utilizar novas tecnologias. Estar sempre atualizado é tornar relevante o processo de ensino-aprendizagem em todas as áreas, incluindo a Tecnologia da Informação, uma vez que alguns alunos conheçam mais a respeito do que o próprio professor. ALMEIDA, (2000, p. 109) afirma que,

“(...) mesmo o professor preparado para utilizar o computador para a construção do conhecimento é obrigado a questionar constantemente, pois com freqüência se vê diante de um equipamento cujos recursos não consegue dominar em sua totalidade. Além disso, precisa compreender e investigar os temas ou questões que surgem no contexto e que se transformam em desafios para sua prática – uma vez que nem sempre sã de seu domínio, tanto no que diz respeito ao conteúdo quanto à estrutura”.


Nesse sentido, Freire apud. Plácido et. al. (2007) “acredita que o educador não será capaz de ajudar o educando a superar a “ignorância” enquanto não superar a sua própria. Isto mostra que o professor deve estar sempre em busca do conhecimento, do saber; precisa estar em constante descoberta. Não se quer dizer que deva saber tudo o que acontece no mundo, mas encontrar-se sempre aberto para os acontecimentos, aqui para a utilização das novas tecnologias como mediadora no processo da leitura”.
 PLÁCIDO et. al. ( 2007), afirma também que...

“(...) diante desse contexto, é importante acrescentar que com a inserção das novas tecnologias nas escolas o educador, além de perceber que a perspectiva de Educação está mudando, nota que a metodologia de ensino também precisa mudar, principalmente no que se refere à leitura.Visto que, com o uso de novas ferramentas é possível trabalhar no incentivo à leitura na sala de aula, e que esta, proporcione o retorno pedagógico do qual tanto o professor quanto o aluno poderão usufruir”.


Por isso, a formação continuada de professores é fundamental para a melhoria da qualidade do ensino e é preciso que o professor e a escola compreendam as transformações que estão ocorrendo no mundo e acompanhem esse processo. Assim, precisa desmistificar a imagem da máquina e trabalhar a resistência do professor em aceitá-la como ferramenta para utilizá-la com normalidade, aumentando a eficiência da aprendizagem e motivando os alunos em relação às novas formas.
            A sociedade contemporânea é caracterizada pela diversidade de linguagens, devido a constante inserção de meios de comunicação. A adaptação de práticas de ensino visa melhorar a qualidade, explorando a aplicação de imagens, movimentos, musicas e artes, moldando um universo imaginário transposto sobre a realidade que será trabalhada no conteúdo em sala de aula. De acordo com os PCN’s (2000,p.11-12):

“As novas tecnologias da comunicação e da informação permeiam o cotidiano, independente do espaço físico, e criam necessidades de vida e convivência que precisam ser analisadas no espaço escolar. A televisão, o rádio, a informática, entre outras, fizeram com que os homens se aproximassem por imagens e sons de mundos antes inimagináveis. (...) Os sistemas tecnológicos, na sociedade contemporânea, fazem parte do mundo produtivo e da prática social de todos os cidadãos, exercendo um poder de onipresença, uma vez que criam formas de organização e transformação de processos e procedimentos”.


 Nesse contexto, o trabalho com imagens pode ser especialmente instigante e produtivo, tanto pelos resultados da investigação histórica, quanto pelo próprio percurso dessa investigação. Mas, sobre maneira, pelas significativas contribuições para o processo de ensino e aprendizagem, possibilitando o “desenvolvimento nos alunos, de um crescente interesse pela realização de projetos e atividades de investigação e exploração como parte fundamental de sua aprendizagem”. (PCN, 1988, p. 44).
O professor utilizando diferentes fontes de informação, renova sua metodologia de ensino, buscando novos saberes, propiciando oportunidades de construção e conhecimentos por parte de seus alunos, a importância do uso da tecnologia e as mudanças que ocorrem.

1.2 Método audiovisual

            Podemos estabelecer como sinônimo do método audiovisual o recurso audiolingual, sendo este insubstituível no processo da construção do conhecimento. As técnicas inovadoras através de sons e imagens procuram por meio de propostas de ensino atender e dar suporte necessário para determinado conteúdo interdisciplinar ou não.
            Tal método abre oportunidades distintas, podendo servir de alicerce de propostas de ensino a longo e médio prazo. Trata-se de uma metodologia baseada em fixação de imagens, por mediante de sons ou não, tendo finalidade de criação, decorrente de sua reprodução, impressão de movimentos, efeitos e transições de vídeos.
            Entende-se por recursos audiovisuais, materiais que buscam “prender a atenção” dos educandos, já que devidos aos avanços tecnológicos (internet, telefonia móvel, meios de comunicação em geral), os mesmos tornaram-se mais interativos e avançados, provocando uma era globalizada que acaba exigindo do corpo docente idéias em busca resultados satisfatórios, através da criatividade, bom senso e bagagem de experiência destes.
Segundo a afirmação de WEIDUSCHAT, (2006, p.22),

“(...) o discurso pedagógico conduzido nos últimos anos oscilou entre dois posicionamentos: os daqueles que apontavam para os perigos da chegada das mídias na sala de aula (carregada de estereótipos monoculturais e massificação do consumo), e, daqueles que viam nas tecnologias da informação e da comunicação o potencial que extrapola a mera apresentação das produções midiáticas na escola, chegando ao verdadeiro sentido de suas possibilidades educativas: instrumentalizar professores e alunos a produzirem seus próprios vídeos”.

É de importância fundamental que o professor busque se aliar à estes recursos, como dizia Freire, “Nunca fui ingênuo apreciador da tecnologia: não a divinizo, de um lado, nem a diabilizo, de outro. Por isso, sempre estive em paz para lidar com ela.” (Freire, 1996, p. 97)


1.3 A escolha do procedimento de ensino

            Uma das grandes questões propostas diante do corpo docente para o desenvolvimento do inicio de suas atividades devidas atividades, diz respeito à seleção de materiais didáticos a serem utilizado durante o período escolar, tendo inicio na elaboração de planos de ensino com finalidade de busca de resultados satisfatórios.
        
Os estudantes da atualidade tendem e conhecer e apropriar-se das novas tecnologias de forma rápida e abrangente, devido a isso é visto que a compreensão na busca de recursos atualizados, que acabem valorizando o conteúdo é de extrema necessidade. Estes jovens estão sendo “preparados” para uma nova visão de mundo, onde as máquinas são/fazem parte do mesmo.

1.4 A aplicação do método audiovisual em sala


            A aplicação dos recursos audiovisuais adota uma linguagem acessível e inovadora, através da prática de ensino de ciência e biologia, acabando por exigir do telespectador (aluno) maior atenção e envolvimento durante o período de estudo, por se tratar de uma técnica dosada em determinado tempo, sendo este um dos fatores que acaba por chamar atenção dos mesmos por meio dos efeitos, imagens, vídeos, escritas, etc.
A atividade audiovisual além de complemento didático, em determinados momentos pode servir como instrumento de aplicação de atividades que capacitam os estudantes por meio de imagens, desvendar e esclarecer dúvidas que muitas vezes não constam na estrutura de um texto escrito. Porém, muitas vezes sua utilização não possui fundamento e objetivo concretizado. Segundo a afirmação de LIMA, (1998, p. 01)

“ (....) a tradicional prática de uso do vídeo na escola ainda está longe do ideal de autonomia e participação. Na maioria das instituições, tal tecnologia é associada à veiculação de fitas educativas, onde uma série de informações técnicas são "ilustradas" com imagens e sons. Trata-se de um uso da tecnologia de informação e comunicação como instrumento de tradução dos discursos de especialistas para a transmissão de informações aos públicos usuários”.


1.5 O vídeo enquanto instrumento de ensino em Ciências Naturais

Na atualidade, a atenção dos que investigam novos caminhos para o ensino de Ciências está hoje basicamente voltada para a idéia de cidadania e para a formação de professores com novos perfis profissionais, em condições de trabalhar com uma visão interdisciplinar da ciência, própria das múltiplas formas de se conhecer e intervir na sociedade hoje.
Neste sentido, as propostas mais adequadas para um ensino de Ciências Naturais significativo, devem favorecer uma aprendizagem comprometida com as dimensões sociais, políticas e econômicas que permeiam as relações entre ciência, tecnologia e sociedade preparando os cidadãos para que sejam capazes de participar, de alguma maneira, das decisões que se tomam nesse campo e que afetam a vida de todos. 
Essa participação deverá ter como base o conhecimento científico adquirido na escola, a análise das informações recebidas sobre os avanços da ciência e da tecnologia e o uso destas no cotidiano.
Ao se pretender estabelecer uma perspectiva mais científico-tecnológica no interior da sala de aula é preciso que o professor tenha clareza dos objetivos que pretende alcançar e das estratégias (procedimentos e recursos) que pretenda fazer uso. Ou seja, sua ação está pautada em reflexões e escolhas constantes. Afinal, como tornar o ensino de ciências naturais prazeroso sem perder a cientificidade? Quais ferramentas usar? Como utilizar? Em qual medida? Estas e outras perguntas foram feitas por nós durante o processo de intervenção.
Partimos do pressuposto colocado por MORAN, (1995, p.101): “o vídeo ajuda a um bom professor, atrai os alunos, mas não modifica substancialmente a relação pedagógica. Aproxima a sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação da sociedade urbana, mas também introduz novas questões no processo educacional”.
Com as atividades audiovisuais vivenciadas com e pelos alunos da 5ª e 8ª séries do Colégio de Aplicação UNIVALI – CAU/Itajaí, (Apêndice 13) e fazendo uma análise de desempenho dos alunos, pode-se observar que houve progresso/sucesso em relação a uma aula dialogada. Passamos a compreender o vídeo como um instrumento de ensino que possibilita aprendizagem mais prazerosa e dinâmica auxiliando o aluno a raciocinar sobre fatos e fenômenos de maneira interativa.
O vídeo é uma tecnologia com grande potencial para uso na educação, capaz de apoiar o desenvolvimento de habilidades mentais e a aquisição de conhecimentos específicos, além de trazer à sala de aula realidades distantes dos alunos.
            Ao iniciar as aulas com o vídeo, pode-se perceber o interesse de todos os alunos despertando a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilitou o desejo de pesquisa nos educandos para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria.
            Os debates entre alunos e professores foram surgindo na medida em que eram trabalhados os vídeos, então, este recurso tecnológico não é apenas um transmitir os conteúdos e imagens, ele é também um processo de construção de conhecimentos e trocas de idéias. Uma abordagem apresentada aos alunos das 8ª séries foi sobre os benefícios e malefícios da energia nuclear. Foram mostradas a eles por meio de vídeo as conseqüências das bombas atômicas, e as fontes nucleares de energia. Com estes assuntos, o vídeo serviu de instrumento e base para o início das argumentações e assim, foi possível observar o grau de conhecimento dos mesmos em relação a tema.
Segundo MORAN (1999, p.31) o vídeo como simulação,

“(...) é uma ilustração mais sofisticada. Pode simular experiências de forma integrada (química,biologia, física) que seriam perigosas em laboratório ou que exigiriam muito tempo e recursos. Pode mostrar o crescimento acelerado de uma planta, de uma árvore -da semente até a maturidade- em poucos segundos. Como “conteúdo de ensino”,  mostra determinado assunto, de forma direta ou indireta. De forma direta, quando informa sobre um tema específico orientando a sua interpretação. De forma indireta, quando mostra um tema, permitindo abordagens múltiplas, interdisciplinares.

A riqueza de detalhes, a facilidade de visualização por parte do aluno e do professor é interessante na medida em que colocam o professor mais perto da realidade do trabalho de um pesquisador (busca incessante) e do próprio debate conceitual das disciplinas envolvidas. Como o papel do professor envolve sempre o desenvolvimento de novas habilidades e competências, torna-se maior a cada dia, a necessidade de seu aperfeiçoamento contínuo e implementação de atividades que promovam a melhoria da qualidade da educação.
Nesse sentido o autor (1999) continua expondo suas idéias em relação  sobre o uso do vídeo como “conteúdo de ensino” – mostra determinado assunto, de forma direta ou indireta. De forma direta, quando informa sobre um tema específico orientando a sua interpretação. De forma indireta, quando mostra um tema, permitindo abordagens múltiplas, interdisciplinares.
O vídeo como produção (documentação, registro de eventos, de aulas, de estudos do meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos) facilita o trabalho do professor, dos alunos e dos futuros alunos. O professor deve poder documentar o que é mais importante para o seu trabalho, ter o seu próprio material de vídeo assim como tem os seus livros e apostilas para preparar as suas aulas.
Como expressão, o vídeo é utilizado como nova forma de comunicação, adaptada à sensibilidade principalmente das crianças e dos jovens. As crianças adoram fazer vídeo e a escola precisa incentivar o máximo possível a produção de pesquisas em vídeo pelos alunos. A produção em vídeo tem uma dimensão moderna, lúdica. Moderna, como um meio contemporâneo, novo e que integra linguagens. Lúdica, pois permite brincar com a realidade, levá-la junto para qualquer lugar.  (p. 32-33).
Esse movimento provocado pelo vídeo (busca incessante por novidades, articulação de diferentes áreas do conhecimento) torna-se um processo  de formação continuada que poderá ter o caráter de motivar o professor a participar da pesquisa de sua própria prática pedagógica, como agente ativo, produzindo conhecimento e intervindo na realidade.
            Cada vez mais, os recursos tecnológicos (vídeo, computadores, redes digitais, internet) estão interligando milhões de usuários em todo o mundo, alterando as rotinas de trabalho e de estudo, de tal modo que a escola não deve ficar à margem do processo histórico pela qual vem passando a sociedade e o professor não pode ficar ‘desconectado’.
Envolvido na formação do aluno, o professor precisa estar em contínuo aprendizado, conectando-se a todas as tecnologias disponíveis e utilizando-as na sua prática pedagógica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização de recursos áudios-visuais no ambiente escolar é uma forma de facilitar a construção do conhecimento tanto no ensino de Ciências e Biologia quanto às demais disciplinas.  No estudo vivenciado, pode-se observar claramente um avanço no desempenho de todas as turmas logo após a exibição de vídeos na sala de aula. Após cada exibição, o índice de questionamentos, posicionamentos, debates, ou seja, diálogos em geral, foram relevantes no processo de ensino-aprendizagem, proporcionando desta maneira, o envolvimento de todos os indivíduos (alunos e professores). Assim, fazendo uma análise de todo o desempenho dos alunos, foi possível concluir que o vídeo, e também os demais recursos tecnológicos utilizados como o data-show, por exemplo, contribuem para este processo.
Utilizar este recurso como metodologia é apenas um apoio para o entendimento nos conteúdos propostos. Para MANDARINO, (2002, p.01), “sabemos que o vídeo ou a televisão, por si só, não garantem uma aprendizagem significativa. A presença do(a) professor(a) é indispensável. É ele/ela, com sua criatividade, bom senso, habilidade, experiência docente, que deve ser capaz de perceber ocasiões adequadas ao uso do vídeo”.
Na elaboração das atividades e na escolha dos vídeos que foram utilizados buscamos subsídios nos conteúdos curriculares propostos no livro didático adotado pela escola e podemos observar o quanto os conteúdos são apresentados superficialmente.
              
Na escola campo de intervenção, não houve problemas em relação da disponibilidade de recursos como data-show, vídeo, TV e computador para o estudo executado. O Colégio de Aplicação UNIVALI, conta com ambientes de estudos bastante atualizados, sendo indispensável para o processo de aprendizagem. Mas sabe-se que esta não é uma realidade vivenciada por todas as escolas do município, do estado, do país e do mundo, como nos fala CUSNEIROS, (1999, p. 12),

“ (...) nas grandes cidades, as salas de aula de tais escolas têm pouco espaço físico, são ruidosas, quentes e escuras, desencorajando qualquer outra atividade que não seja a aula tradicional. A arquitetura pobre e o mobiliário desconfortável e precário dificultam o trabalho intelectual de alunos e mestres. São instituições dependentes da administração central das redes escolares, em contextos de forte dependência da burocracia cristalizada e das oscilações de quem estiver no poder.

Conhecendo estes problemas, é necessário que o professor esteja disposto a tentar mudar esta precária realidade, porém, sabemos que o professor encontra-se sobrecarregado com aulas em mais de um estabelecimento, falta-lhe tempo para estudar e experimentar coisas novas e recebe baixos salários. É preciso quebrar esta ideologia e preparar professores inovadores, promovendo métodos inovadores e utilizando recursos variados disponíveis por cada instituição de ensino.
 Quando falamos em tecnologia, não estamos relacionando somente à tecnologia digital. O quadro-negro e o giz são considerados também tecnologias. É preciso apenas de idéias que favoreçam um melhor aproveitamento destes recursos. A formação do professor neste processo é fundamental.
O estudo feito nos proporcionou um melhor entendimento dos fundamentos e objetivos da utilização do vídeo na sala de aula. É necessário saber elaborar, escolher o momento propício e saber discutir sobre o vídeo, avaliando posteriormente este recurso. É um método complexo que exige interesse, criatividade e tempo. Porém, os resultados são satisfatórios, pois promove uma harmonia no ambiente escolar, e significativo processo de aprendizagem.
Desta forma já sabemos que há várias formas de ensinar Ciências e Biologia, transformando estes conhecimentos mais interessantes para os alunos, e o entendimento também. Cabe ao professor tornar este momento concretizado.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Maria Elizabeth de;  ProInfo: Informática e Formação de Professores – Vol. 1; Brasília: MEC/ Secretaria de Educação à Distância –, 2000; 192 p.
________. ProInfo: Informática e Formação de Professores – Vol. 2; Brasília: MEC/ Secretaria de Educação à Distância –, 2000; 192 p.
CYSNEIROS, Paulo Gileno; Novas Tecnologias na Sala de Aula: Melhoria do Ensino ou Inovação Conservadora?; Artigo publicado na revista Informática Educativa – UNIANDES – LIDIE – Bogotá: Vol 12, No, 1, 1999, p. 11 – 24.
D’AMBRÓSIO, U. Educação Matemática: da Teoria à Pratica. Campinas: Papirus, 2001.
LIMA, Rafaela; O vídeo na sala de aula: breve reflexão a partir das contribuições de Mario Kaplún e Paulo Freire – Disponível em: www.aic.org.br/metodologia/o_video_na_sala_de_aula.pdf - Acesso em 07/Jun, 2008.
MANDARINO, Mônica Cerbella Freire; Organizando o Trabalho com Vídeo em Sala de Aula; Artigo publicado na revista Morpheus - Revista Eletrônica em Ciências Humanas - Ano 01, número 01, 2002 - ISSN 1676-2924.
MEC – Ministério da Educação; Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio; Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2000; 71 p.
MORAN, José Manuel; O Vídeo na Sala de Aula; Artigo publicado na revista Comunicação & Educação. São Paulo, ECA-Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995.
PLÁCIDO, Maria Elze dos Santos, et.al; Educação, Cidadania e Identidade: A Inserção dos Recursos Tecnológicos no Contexto Educacional: Desafios e Perspectivas do Professor no Mundo da Leitura; Conferência Internacional: Educação, Globalização e Cidadania: Novas Perspectivas da Sociologia da Educação; João Pessoa: 2008 – Disponível em: www.socieduca-inter.org/cd/gt9/46.pdf - Acesso em 07/Jun, 2008.
WEIDUSCHAT, Íris; Desafios ao Professor: Da Pedagogia da Autonomia à Pedagogia da Mídia; Blumenau: Nova Letra, 2006; 64 p.


Fonte: http://www.webartigos.com/articles/17705/1/RECURSOS-TECNOLOGICOS-COMO-ESTRATEGIAS-DE-APRENDIZAGEM-NO-ENSINO-DE-CIENCIAS-E-BIOLOGIA/pagina1.html
 

Sem comentários:

Enviar um comentário